NOTÍCIAS | FÓRUM DAS COOPERATIVAS AGRO-LEITE
Sexta-Feira, 20 de Agosto de 2021, 12h:57
Cooperativas de leite alinham ações para desenvolver setor
Debate ocorreu durante o Fórum das Cooperativas Agro-Leite

Assessoria Sistema OCB/MT
Cuiabá/MT

Cooperativas de leite alinham ações para desenvolver setor

Fórum das Cooperativas Agro-Leite foi realizado no formado on line

Representantes das cooperativas de leite, parceiros e entidades do setor lácteo, participaram do Fórum das Cooperativas Agro-Leite, realizado pelo Sistema OCB/MT, em parceria com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), no dia 18/08, no formato on line, tendo como pauta o futuro do setor em Mato Grosso. 

O Presidente do Sistema OCB/MT, Onofre Cezário de Souza Filho, falou sobre o mercado dinâmico do leite e da necessidade de agregar valor à produção. “Quem não assimilar essas mudanças, não aderir às tecnologias, não entender a cadeia produtiva como um todo, não vai sobreviver. E nós, a parte institucional, estamos aqui para apoiar as cooperativas no entendimento estratégico desse mercado, fazer a representação política para observar e propor leis que causam impacto no setor e de repassar conhecimento para aumentar o entendimento do processo de mercado e gestão”, salientou Cezário.

 

O evento contou com uma palestra do Gestor técnico IMEA, Cleiton Gauer, a primeira realizada já no novo modelo de integração do Sistema OCB/MT com o IMEA, que apresentou uma análise de mercado da cadeia produtiva do leite, de forma mundial, nacional e estadual e mostrou os desafios e oportunidades do setor. Pelo levantamento, Mato Grosso ocupa hoje a 10º posição da produção de leite com 480 milhões de litros/ano, com uma desaceleração de 22% na produção total do estado em 2020, com relação a 2019.

“A produção de leite é puxada pela tecnologia e pela tecnificação dos produtores. Mato Grosso começa a ter essas iniciativas e isso impacta em todo processo da cadeia. Os estudos mostram que os principais desafios do setor são o custo de produção e a sucessão familiar. Nesse sentido, observou-se que o custo operacional de leite em Mato Grosso, por exemplo, cresceu principalmente quanto ao item alimentação animal, com um aumento de 90% nos últimos 5 anos, o que desestimula muita a produção. Quanto maior os custos, menor a rentabilidade do setor, desestimulando assim a sucessão familiar”, analisou Gauer.

O gestor técnico do IMEA apontou ainda, que possíveis oportunidades no setor seria a produção de novos produtos premium, e a utilização do soro do leite para suplementos de alimentação humana e ração para suínos.

O representante do ramo agro leite junto a OCB/MT, Sebastião Reis Borges, também apontou a produção do leite como o grande gargalo do setor. “Nós temos muitos desafios, mas o principal está na área de produção de leite, maior do que a industrialização e comercialização. Acredito que neste momento, pensar no futuro do setor é pensar em como desenvolver a cadeia de produção”, disse Borges.

Representando a Câmara de Leite da OCB Nacional, Vicente Nogueira, salientou a importância do levantamento dos dados da cadeia produtiva, dizendo que, “quem não tem informação não vai a lugar nenhum”. Para ele, o leite é política de Estado, que tem que se envolver e dar condições do produtor de produzir e que “este desenvolvimento está ligado ao crescimento das cooperativas”. Nogueira questionou porque o leite não está com mais força em Mato Grosso, já que tem uma ligação direta com a produção do milho e da soja, e ressaltou a necessidade de “um plano de desenvolvimento, com suporte para a industrialização, pacote tecnológico, novas tecnologias que mudam a atividade, e pensar grande com inteligência de mercado”.

O superintendente da OCB/MT, Frederico Azevedo apresentou durante o evento, o resultado da pesquisa junto aos gestores das cooperativas de leite, sobre dores e oportunidades, além da validação de propostas para melhoria do sistema produtivo em reunião realizada junto ao Governo do Estado de Mato Grosso. A pesquisa mostrou os cenários que os produtores estão vivendo, como os altos custos de produção, baixa capacidade técnica, riscos de preços e os problemas tributários, que provocam impactos na produção e rentabilidade, e na ociosidade das indústrias de até 50%.

O destaque do Fórum foi o compromisso assumido pelas cooperativas do ramo agro leite em aderir aos programas de monitoramento do Sescoop/MT com aprovação por unanimidade, uma tendência buscada por todos os ramos do cooperativismo em Mato Grosso. Programas do Sescoop Nacional como o PAGC (Programa de Acompanhamento da Gestão Cooperativista) e o PDGC (Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas) e os programas do Sescoop/MT, como PGA (Programa de Gestão Assistida), o PPA (Programa de Participação Assemblear) serão utilizados obrigatoriamente pelas cooperativas do ramo agro leite para melhorar a gestão das cooperativas.

Foi aprovada também pelos participantes a reativação do Fórum de Dirigentes Cooperativistas do Ramo Leite que terá a função de pensar estrategicamente o futuro do ramo com apoio de entidades como a Aproleite, IMEA e as cooperativas de crédito.

Participaram ainda do evento o representante da Aproleite/MT, Dolor Vilella, pela OCB Nacional Fernando Pinheiro, o vice-presidente do Sistema OCB/MT, João Carlos Spenthof, o superintendente do Sescoop/MT, Adair Mazzotti, o diretor Nelson Picolli, representantes das cooperativas de crédito do Sicredi e do Sicoob, Osvaldo Biazzi e Clademir Salmória

 

 

 

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FECOOP CO/TO - Federação dos Sindicatos das Cooperativas do Centro-Oeste e Tocantins
OCB/MT - Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Mato Grosso
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I.COOP - Faculdade do Cooperativismo





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